segunda-feira, 26 de janeiro de 2009


Covilhã Vs Boavista




Foi no já habitual clima de camaradagem que a primeira carrinha com adeptos do Boavista saiu da cidade do Porto rumo à Covilhã, seria perto das 3 da manhã que acompanhados com frio, chuva e muito vento atravessámos a ponte da Arrábida. A bordo levávamos boa musica e muito alcool para aquecer o pessoal, o que nos obrigou a paragens frequentes para descarregar as cargas etilicas excedentárias. Depois de alguns desvaneios e loucuras pelo meio, que ficam para quem esteve presente, decidimos rumar pela estrada nacional até Manteigas, para daí tentar a subida à Torre e erguer ao amanhecer, a bandeira axadrezada no ponto mais alto de Portugal Continental. Tudo corria bem até chegarmos aos 1600 metros de altitude por volta das 6 da manhã, aí a chuva começou a dar lugar ao gelo e a muita neve, rapidamente a carrinha começou a perder a aderência à estrada e já nem em primeira conseguia subir um metro que fosse, fustigados com temperaturas negativas e impedidos sequer de mudar a direcção da carrinha, lá tivemos que desistir do objectivo inicial e fazer uns bons três quilometros de marcha atrás até conseguirmos arranjar um local que nos possibilitasse corrigir a trajectória da carrinha e descer assim normalmente a serra. Visto termos que contornar o mau tempo e também fazer desvios consecutivos devido a estradas cortadas, só conseguimos chegar à Covilhã por volta das 9 da matina!!! ou seja, demorámos 6 horas a fazer uma viagem que em situações normais se faz em duas. Contrariando o panorama geral, ironicamente o sol brilhava em pleno centro da Covilhã. Depois de tomarmos o pequeno almoço e visto ser ainda muito cedo para o jogo, tentamos novamente subir a serra, desta feita através das Penhas da Saúde, mais uma vez só conseguimos chegar até aos 1600 metros e isto porque a policia, porque questões de segurança, impedia quem tentasse avançar. Com o regresso à Covilhã, começou gradualmente a juntar-se a nós mais pessoal dos Panteras que tinha saido ao final da madrugada da cidade Invicta e que tinha igualmente feito a viagem em carrinhas de 9 lugares. Rapidamente reunimos cerca 60 elementos, o que tornou quase impossivel a tarefa de encontrar um bom restaurante para comer e isto devido à falta de lugares disponiveis para juntar a malta toda. Após várias tentativas, vimo-nos obrigados a separar as tropas e espalharmo-nos pelas tascas da Covilhã para dar ao dente. Entretanto ao aproximar-se a hora para o jogo, o tempo começou a piorar na cidade serrana, o sol desapareceu e a chuva começou a cair juntamente com gelo e alguma neve à mistura. Já no estádio e com a chegada à ultima da hora de mais pessoal em carros particulares, a familia axadrezada reunia cerca de 150 pessoas, dos quais cerca de 80 seriam elementos dos Panteras Negras. Debaixo de uma chuva persistente, de um frio avassalador e juntos numa bancada que mais parecia um galinheiro, demos um enorme apoio à nossa equipa ao longo dos 90 minutos da partida, equipa essa que apesar da derrota, demonstrou ser sempre superior ao adversário, principalmente na 2ªparte onde chegou a massacrar os "lagartos da serra". Infelizmente sofremos mais um golo de bola parada, falhamos várias vezes no capitulo da finalização e só não saimos no final do jogo com os 3 pontos por falta de sorte, de clarividencia e objectividade, já que força de vontade e querer ganhar houve quanto baste. Apesar da derrota, o povo axadrezado no final da partida prestou aos nossos jogadores uma enorme ovação!! Saimos da Covilhã já ao anoitecer, a viagem de regresso foi muito mais rápida e ainda não seriam nove horas da noite quando a cidade do Porto nos recebeu de braços abertos. Chegamos cansados mas de consciencia tranquila por termos cumprida uma vez mais com a nossa obrigação.

2 comentários:

Anónimo disse...

uma vez mais os PANTERAS NEGRAS estiveram em grande, e cantaram mais alto o gnd nome...BOAVISTA!!!

SAUDAÇÕES

Anónimo disse...

Muito bem, os panteras tem estado muito bem este ano, espero ve-los o mais depressa possivel na primeira, mas com a mesma força e dedicação.