domingo, 26 de outubro de 2008

O fenómeno hooligan no futebol

Actualmente é difícil definir, muito devido aos média, o que é o fenómeno hooligan no futebol. Muito, pelo facto das noticias transmitidas, serem, por vezes demasiado flexíveis e vagas na atribuição da etiqueta de “hooligan”. O hooliganismo é visto pela maioria, como estando relacionado, com violência no futebol. Geralmente associado a desordem publica, imediatamente antes ou após um jogo de futebol – mas certamente que não – uma vez que muitos deste casos são espontâneos e estão relacionado com multidões e seus comportamentos. É certo, que diversos grupos se juntam (Firm´s) com o intuito de se favorecer encontros com outros ligados a clubes de futebol rivais, mas disso falaremos mais à frente.

Como e onde surgiu o movimento hooligan?

Tradicionalmente, o movimento hooligan, é apontado, como tendo surgido nos finais dos anos 60, percorrendo os anos 70 e 80 com força, só acalmando, após os incidentes de Heysel e de Hillsborough. Mas contendas relacionadas com o futebol já existem desde o século XIX e devidamente documentados em vídeo, nomeadamente entre as datas de 1846 e 1880, sendo que a partir desta ultima data se tornaram cada vez mais comuns, tanto os confrontos, bem como as invasões de campo. Será no entanto difícil de concluir de forma exacta e oficial, a realidade e frequência de tais episódios. Mais uma vez os média de nada ajudam, “oferecendo” noticias pomposas e que em nada ajudam para encontrar a verdade! Por isso, muitos reivindicam o fenómeno do hooliganismo no futebol como sendo uma realidade dos anos 70 e 80, por ter sido precisamente neste período que se vê de forma clara que se trata de um fenómeno organizado e de grande escala.

O que faz uma pessoa ser hooligan?

É difícil de especular sobre o que faz uma pessoa envolver-se em violência. Será difícil apontar factores como a idade, sociais, económicos ou psicológicos, uma vez que está mais que provado, que estes não são indicadores onde se pode basear um estudo credível. Sabe-se que nestes grupos, existe um forte sentimento de comunidade, uma vez que grande parte das Firm´s são constituídas por indivíduos pertencentes aos mesmos bairros ou cidade e sempre associadas a um clube de futebol local. Seja como for o fenómeno podemos dizer está ligado a um forte espírito combativo e de territorialidade.
Podem acabar com o hooliganismo?

É pouco provável que violência ligada a multidões venha um dia a acabar. Sempre que grupos de adeptos se encontram, juntamente com a influência do álcool, existe sempre a possibilidade de acontecer distúrbios, não obstante haver um jogo de futebol ou não. Um pouco de tudo já foi ensaiado para evitar confrontos entre hooligans. Desde leis, a novas “tácticas” policiais para controlar hooligans e à criação de unidades especiais para lidar com a violência relacionada com o futebol. Mas pouco se tem feito para estudar o fenómeno! Pouco se tem feito para entender o problema e as constantes atitudes agressivas para com os adeptos por parte das forças policiais vieram trazer de novo o problema desta vez a países que nem conheciam o fenómeno. Acontecem cada vez o confrontos entre adeptos e forças policiais. A violência mantém-se, o motivo muda!
Esta Noticia vem no seguimento daquela que saiu ha uns dias atras no jornal "Expresso", na qual abranjeu um pouco sobre o Hooliganismo em Portugal. Para quem quizer ler o artigo, clique por cima do Expresso. Não me vou alargar muito sobre este assunto, pois para mim muito do que aqui é dito, não faz o menor sentido. Deixo apenas aqui alguns numéros "rídiculos" dos elementos de cada grupo registado, que este mesmo jornal publicou:
Sporting: Torcida Verde (74 filiados), Directivo Ultras XXI (366), Juventude Leonina (195), Brigada Ultras Sporting (27)
Porto: Super Dragões (1024), Colectivo Ultras 95 (106)
Naval 1º de Maio: Colectivo Maravilhas (109)
Vitória Futebol Clube: VIII Exército VFC (89)
Boavista: Panteras Negras (50)
Marítimo: Esquadrão Maritimista (41)

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