




Centenas de adeptos reuniram-se ontem, para marcar o 10 º aniversário do assassinato de dois fãs do Leeds United na Turquia. Christopher Loftus, de 35 anos, e Kevin Speight, de 40, foram mortos a facada, na Praça Taksim, na noite que antecedia a semi-final da Taça UEFA, contra o Galatasaray, em 5 de Abril de 2000. Cerca de 300 adeptos do Leeds United, reuniram-se em frente á Elland Road, em Leeds. Colocaram dezenas de ramos de flores, t-shirts, cachecóis e outros tributos em torno da estátua do Billy Bremner, bem como na placa de bronze, a poucos metros de distância, que presta homenagem a tragédia. Uma série de pessoas foram presas após as mortes, em 2000, e quatro homens foram considerados culpados de envolvimento nos assassinatos pelos tribunais turcos, mas todos ainda permanecem em liberdade, por terem pedido recurso. Este episódio aparentemente parece interminável. As famílias dos falecidos desesperam por justiça, mas a deste país, parece não funcionar. Foi realizado um minuto de silêncio antes do jogo, que antecedeu a vitória do Leeds United 2-1 Yeovil na Huish Park. Ambas as equipas usaram braçadeiras pretas em memória dos adeptos mortos, em eco do que aconteceu antes do jogo da Taça UEFA, contra o Galatasaray que teve teve lugar no dia 6 de abril de 2000. Os adeptos viraram as costas para o jogo no primeiro minuto, em protesto contra a falta de justiça para com as famílias de Loftus e Speight.
O roubo aconteceu a poucos metros do estádio Ramon Sanchez Pizjuan, onde várias centenas de adeptos dos Rangers se concentravam. Alguns adeptos locais forçaram a porta traseira de um café, para atacar os adeptos escoceses, que imediatamente fugiram para a rua, e envolveram-se em vários confrontos. No meio da multidão, a polícia espanhola feriu várias pessoas com os bastões, inclusive uma mulher de 52 anos, Moira Livingstone. Pior ainda, dois membros da firm do Rangers, foram detidos, e colocados em prisão preventiva, levados à justiça dois dias depois, acabando por serem absolvido. A polícia não divulgou o número de adeptos feridos. A direcção do Rangers já imitiu um comunicado, com a intenção de pedir esclarecimentos sobre as acções da polícia espanhola, perante os seus adeptos.
Stuart Pearce jogou 78 vezes pela selecção de Inglaterra, foi quem marcou a grande penalidade que ditou a eliminação da Espanha, nos quartos de final do Euro 96, onde ganhou o apelido de "Psycho", por causa da maneira efusiva de como comemorava os golos. Como jogador de futebol, fez carreira em equipas como o Nottinngam Forest, Newcastle, West Ham e Manchester City. Recentemente, foi entrevistado pelo site da "FIFA", onde descreveu um pouco da sua história enquanto jogador, salientando a época em que jogou pelo Nottingham, e o seu treinador, Brian Clough, os obrigaram a fazer a pé, alguns quilómetros aquando da deslocação a Millwall.Grupos míticos extintos (1ª Parte)
Não só de grandes tifos, cortejos, grandes apoios vocais e cenas de violência vive o mundo ultra. Como reza o ditado popular, tudo o que nasce morre, e ao longo de vários anos, o panorama ultra italiano tem visto desaparecer alguns grupos que marcaram para sempre a sua história, carimbado a sua presença nas páginas mais importantes do cálcio italiano.
1991 Brigate Gialloblù - Verona
Foi em 1991 que este grupo mítico acabou, embora inúmeros ultras ou simples tiffosi, utilizem o seu nome como foram de se identificarem e estarem intimamente ligados ao Verona. Ganharam reputação entre os grupos mais antigos de Itália e do Mundo, através da sua postura na curva, nas ruas, no dia-a-dia. Tudo começou em Brescia. Foi nesta cidade da Lombardia que se protagonizaram graves incidentes. 5000 Ultras do Verona haviam chegado de comboio a esta localidade, e quando todos esperavam uma grande espera por parte dos ultras locais, repararam que não havia literalmente ninguém à sua espera. Furiosos com tal atitude, os ultras do Verona saíram das suas carruagens á procura dos Ultras do Brescia. De seguida, desencadeou-se uma autêntica guerra dentro da cidade, com inúmeras lojas partidas e muita gente ferida. Ora tal atitude caiu muito mal na cidade de Verona, tendo a própria câmara municipal da cidade tentando acabar com a BGB. Durante semanas a fio, não se falava outra coisa na cidade. Para tentar remediar o sucedido, o presidente do clube decidiu fechar a curva Sud. Ora como seria de esperar, tal atitude incendiou ainda mais os ânimos, provocando ainda mais desacatos nas deslocações seguintes da BGB a Torino com a Juve e a Milão com o AC Milan. Chegada a esta situação extrema, a polícia Italiana decide catalogar os Ultras da BGB como criminosos, tendo prendido alguns e perseguindo outros mais. Varias buscas domiciliarias são feitas, e até polícia é infiltrada no seio da curva para prender os líderes e as pessoas mais carismática da curva. È então que na época de 91/92 que o inevitável acontece. Em casa frente ao Génova, a BGB suspende as suas actividades com a seguinte frase de despedida “ Não 12 mas 5000 culpados”, uma clara alusão á dúzia de membros que foram presos. De realçar as palavras de apoio dos Ultras Viola, fazendo relembrar a importância e o peso dos 20 anos da BGB.
1992 Eagle's Supporters - Lazio
Durante 14 anos, foram eles os líderes da curva Lazialle, tendo guiado a curva e o clube pelos anos 70 e 80, no período difícil em que a Lazio se encontrava na série B. Em 1992, decidem-se auto suspender, alegando desgaste interno para manter activa a curva biancoceleste. Nascidos a 2 de Outubro de 1978, o nome provem do símbolo do clube, mas também da forte ligação que os Ultras tinham e sentiam com o movimento inglês. Acabam por escolher a curva Nord como casa, para iniciar o voo frente ao inimigo que se situava a Sul.
1993 Fossa dei Grifoni - Génova
Mais um grupo mítico que desaparece nos anos 90, após o cessar de funções da
Brigate Gialloblù Verona e da Lazio Eagle's. A Fossa dei Griffins passou por um período difícil na temporada de 91/92. Depois de uma temporada empolgante, culminando com a participação na Taça UEFA, o Génova não manteve as expectativas, e começou a cair em desgraça. A partir daí, houve sempre uma enorme discordância em relação à presidência, em que os ultras tentaram entrevir, algo que caiu mal a muitos directores do Génova, que prontamente tentaram o extermínio do grupo. Sem apoios e constantes represálias, o grupo começou a ressentir-se e foi caindo cada vez mais. O grupo acabaria por dar por terminada as suas funções em 1993, abrindo assim a porta aos grupos mais recentes. Foram 20 anos de actividade, com muita história. A velha guarda permanece por lá, mas já muito pouco activa. Muitos são aqueles que ainda hoje recordam o mítico grupo. Como muitos afirmam, o grupo não está morto e, na verdade, continua ainda com mais calor do que nunca, mas de forma totalmente espontânea e sem a insígnia.
Numa das minhas visitas assíduas a um blog relacionado com o movimento ultras, tive o prazer de ler uma espécie de reportagem, feita pelo mesmo, onde se colocou em estudo as vantagens e as desvantagens do uso da droga e do álcool, na qual apenas destaquei a cerveja e a marijuana, por ser a mais habitual entre os Ultras Portugueses. Então aqui vos deixo a reportagem:
O ano de 2000, é um marco para um dos mais conhecidos e respeitados grupos no movimento ultra italiano, é editado o livro em memória dos Freak Brothers de Ternana. Um grupo diferente e irreverente, mas que ao mesmo tempo, respeita determinadas normas e valores, um grupo animado e determinado. O nome, tirado de uma história em quadrinhos, publicada na Inglaterra e na Holanda, e que conta a história dos irmãos que estavam constantemente a fumar e a ter aventuras malucas. Após várias peregrinações entre os diversos sectores do estádio, chegam a um tempo em que estabilizam na Curva Este. Surgem inúmeras e pequenas secções: a Freak torna-se então, uma realidade. Os incidentes sucedem-se principalmente contra os grupos de Foligno, Lazio, Arezzo e Nápoles. As suas amizades são essencialmente com o pessoal de: Atalanta, Cosenza, Caserta e Sampdoria. Todas essas amizades são contadas no livro. Dentro do mesmo de muitas páginas, encontramos, recortes de jornais, fotografias e opiniões de pessoas que participaram directamente neste projecto, e daqueles que estão na mesma luta.
O derby com o Perugia, merece um espaço separado: jogos sempre marcados por inúmeros incidentes violentos, não só antes e depois dos jogos, mas também no dia-a-dia. Outro dos episódios em destaque, é a “scontri” de Terni, luta que resultou na perda de uma bandeira oficial. Este facto foi posteriormente retaliado, com o ataque a um pequeno autocarro dos ultras Perugia, quando regressavam de uma transferta de Nápoles. Desde ai, o grupo entra em um estado de declínio, e infelizmente acabou chegar ao fim. Dentro do livro emergem valores como a amizade, a família, a importância do papel do grupo na vida pessoal de todos os seus membros, tentando entender as motivações do movimento e da agregação da juventude.
Os maiores grupos ultras de Ternana, principalmente na curva Este, do Liberati estádio, foram: Vecchio Freak, Working Class, Menti Perdute, Red Boys, Konfusi, Brigate, Generazione sconvolta ('91), Mine Vaganti, Fronte Rosso, Wild Spirits, Flor Group, cattivik Group, Gang Autonoma, Kapovolti, Rude Boys, Bomber Group, Pessoas Stupid, Kospea, Drunk Ards, Fiaschi Rottie, eu Zoccolo Drive, Draghi Doc, Animal House, Panzer Alegre, amantes e di Cuori Fera.
O dérbi de Roma, entre a AS Roma e a Lazio, foi suspenso por cerca de 10 minutos, durante a primeira parte no jogo deste domingo, devido ao arrebentamento de tochas, petardos entre outro material pirotécnico nas arquibancadas. Árbitro Nicola Rizzoli, parou o jogo aos 13 minutos, e as explosões continuaram durante a suspensão. Após a suspensão e quando o jogo tinha recomeçado, um anúncio foi feito no estádio, a pedir aos adeptos para que se acalmassem, mas as explosões continuaram durante todo o jogo. Antes da suspensão, o jogo estava empatado. O Roma venceu o jogo por 1-0, com um golo aos 79 minutos de Marco Cassetti. Cerca de 10 pessoas foram detidas pela polícia, em incidentes fora do estádio antes do apito inicial.
Este texto tem com o objectivo de descrever a minha visão da actual dos grupos Ultras Portugueses. Apesar de ser um tema bastante rodado existe sempre uma outra objectiva a considerar. 
Como estão organizados?
Aqui falamos de dois grupos totalmente distintos. Temos os grupos ultras, que estão organizados como em todo lado. Temos também os grupos antigos, neste caso conhecidos por os grupos SIDES, hooligans casuais (como quiseres chamares). No meu grupo, faço parte da direcção, somos 10. Cada qual tem a sua função. Sou também responsável pela loja.
Quais são as vossas amizades e inimizades?
Amizades temos com o st pauli, é a nossa grande amizade. Depois temos varias amizades com vários grupos antifascistas. As nossas inimizades na Bélgica como ultras são, os Storm ultras do Chareloi, e também os grandes rivais, Brugge e Anderlecht.
Qual é a vossa relação com o clube?
Podemos dizer que neste momento estará estável. Durante a época temos alguns desacordos, muito por causa de algumas leis que nos não respeitamos, e levam o clube a pagar multas , estou a falar de tochas em jogos grandes.
Quais são os vossos pontos fortes e as vossas fraquezas?
Pontos fortes, são sem dúvida as coreografias, e o ambiente que conseguimos criar no estádio. Somos considerados os melhores ultras belgas, mesmo por outros grupos do mesmo país. Pontos fortes, acho que e a juventude do grupo. Sei que a juventude trás pontos positivos ao grupo, mas quando as coisas apertão na rua, ou mesmo contra os a.c.a.b, são poucos, aqueles que os enfrentam.
De que forma tem sentido a repressão no vosso país?
A repressão posso dizer que é pouca, mas é muito forte. Dou-te um pequeno exemplo: tive uma vez a repressão sobre mim, por causa de uma tocha, e fui interdito de entrar no estádio, durante 6 meses, e paguei 600 euros de multa. A repressão e mesmo só pelas leis, como tochas, evasões de recinto, violência… Nesses aspectos, são muito fortes, e podem custar caro a qualquer pessoa, por isso que vejo muito receio em certas pessoas no grupo.
Como tem sido a vossa luta contra o futebol moderno?
Jogo a jogo, tentamos dialogar com as pessoas, e alertar sempre e sobretudo na nossa bancada. Ainda temos muitas queixas de vários clubes, os clubes aqui, poucas vezes pensam nos seus adeptos. Frequento os estádios belgas a mais de 12 anos, e 80% dos jogos que vi foram sempre ao sábado a noite, as 20h00, tirando algumas vezes ao domingo por causa dos jogos na uefa. A nossa luta tem sido essencialmente contra o preço dos bilhetes.
Do movimento Português, o que te salta mais a vista?
De uns anos para cá, é com tristeza que vejo o movimento a cair, e com a história da legalização, muitos grupos venderam-se. A questão da legalização era uma luta de todos para lutar juntos, mas isso é tudo uma falta de mentalidade e de vontade, porque todos juntos podíamos talvez feito melhor. Aos poucos, vejo muitos grupos arrependidos, porque legalizados ou não, o tratamento e igual para todos. Para mim foi uma armadilha
Deixa-nos um comentário final, se possível.
Podia deixar muitos, mas vou deixar um simples, lutem por aquilo que vos pertence, seja no trabalho, nas vossas vidas, ou o vosso cantinho dos 90 minutos por semana lá na curva. um abraço a todos. Nuno, ultras inferno. Qualquer duvida, contactem-me curvaultra@hotmail.com.





