domingo, 30 de novembro de 2008

Entrevista a Legiones Sur Mérida








Como surgiu a ideia de criarem um grupo de apoio ao Mérida?
O movimento Ultra organizado de apoio ao Mérida nasceu no ano de 1987 com o grupo "Takes Mérida", posteriormente formaram-se outros grupos Ultras, como "Scotthis Sur", "Piratas Romanos" e "Escuadra blanquinegra", que em Agosto de 1992 decidiram juntar-se na curva Sul do antigo estádio, com o nome de "Legiones Sur", que existe até aos dias de hoje. Esse foi o começo de tudo. Pode-se dizer que temos um cuidado especial com a tradição Ultra.

Como estão organizados?
Temos uma organização muito hierartica, aqui toda a gente pode ajudar, mas é verdade que dentro do grupo, 4 ou 5 pessoas tratam de tudo no geral, é uma espécie de direcção. Nos dias de hoje temos cerca de 50/60 ultras "certos", e para a divisão que frequentamos, pode-se dizer que estamos bem organizados, e em bom numero.

Quais são as vossas amizades e inimizades?
Neste momento as nossas únicas amizades são na verdade o orgullo isleno e os ultras de cacereno, são amizades que conservamos a mais de 10 anos, e mais recentemente com o grupo Manks e os Diabos Vermelhos, não sendo reconhecida oficialmente, mas existe uma grande amizade entre os vários membros, sempre que podemos estamos em Lisboa, ou em viagem, para onde o SLB se desloque, e de igual forma, eles também nos visitam. Estes 4 grupos, sabem que Mérida é a sua casa. Em relação ao inimigos, prefiro não falar.

Qual é a vossa relação com o clube?
Actualmente é boa, eles fazem o trabalho deles, e nós fazemos o nosso. Sempre que podemos ajudamos-nos mutuamente, não digo economicamente, pois sempre fomos um grupo autónomo em relação a isso.

Como é apoiar uma equipa da 2ª B?
É a fé e tradição que nos move. Ao inicio éramos muitos quando subimos, agora apenas vão ao estádio, cerca de 1500 pessoas, temos orgulho no nosso clube, e isso torna-nos mais fortes. É um prazer enorme pertencer a este grupo, apesar de estarmos nas categorias inferiores, seguimos lutando dia a dia pelo nosso clube.

Como defines um verdadeiro Ultra?
Acho que estaria aqui um dia inteiro para te definir isso, é muito complexo... Nós aqui somos Ultras a semana inteira, não apenas os 90 minutos, isso é importante para sermos um grande grupo. Tentamos fazer tudo que esteja ao nosso alcance para ajudar o clube do nosso coração.

Com que estilo se identificam?
Sempre pelo Italiano, estandartes, bandeiras, tifos. É verdade que ultimamente usamos mais bandeira do género Inglês, mas nunca deixaremos de usar a imagem de marca. Algumas pessoas do grupo optam por uma postura casual, mas é uma clara minoria.

Podes-me falar de projectos futuros?
Sim claro, trabalhamos continuamente em fazer crescer o grupo, sem perder a nossa filosofia, e que esta não seja trocada pelas modas. Estamos metidos num projecto bastante alucinante, que é um livro com a história do movimento Ultra em Mérida, (aparte) novas viagens, novo material, novos eventos...

Como vês a repressão policial em Espanha?
Aqui uma grande perseguição aos Ultras, toda a sociedade está contra nós (Ultras), é difícil ser Ultra em Espanha, é tempo de mostrarmos as pessoas a nossa verdadeira face. Como Ultras temos que nos empenhar e pensar em algo para salvar o nosso movimento, ou acabarão connosco.

Como vês a politica dentro dos Estádios?
Em Espanha muita politica no interior dos estádios, muitas pessoas pensam que é algo de positivo, mas nós somos claramente conta. Alguns anos atrás em Mérida houve a entrada de politica na curva, e isso só veio confirmar que separa as pessoas. Hoje em dia esforçamos-nos por unir pessoas de várias ideologias Aqui só interessa o amor ao club, somos apenas e só Ultras, essa é a nossa única politica. Mas a verdade é que muita politica nas curvas, o que só faz com que se destruam.

Deixa-nos um comentário final.
Muito obrigado por dares a conhecer um pouco do nosso grupo, e muita saúde para os nossos amigos do orgullo isleno , ultras cacereno , grupo manks e os diabos. Continua o bom trabalho que tens feito até agora com este blog.

sábado, 29 de novembro de 2008

Olympiakos vs Benfica


Em campo o jogo na Grécia ficou 5-1 a favor dos da casa, já fora dos relvados parece que a coisa ficou pelo empate. Para quem não percebe a imagem, de um lado esta a faixa roubado aos adeptos do Olympiakos, do outro, o pano do Velho Estilo. Alegadamente os da casa terão feito uma investida um pouco manhosa durante a primeira parte do jogo, na qual os Ultras do Benfica não conseguirão responder devido ao facto dos policias terem caído logo em cima dos adeptos do Benfica, incapacitando assim uma resposta. Já no fim do jogo, e no metro de Atenas, foi a vez do Velho Estilo responder, e "sacar", como vemos nas imagens uma faixa aos Red Pirates.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tema dessenvolvido no Sociedade civil: "Claques fora da lei"

Hoje por mero acaso, e devido a não trabalhar de tarde, deparei-me com uma "tertúlia", (chamemos-lhe assim). O programa tem um certo estigma por mim, visto ter temas em debate, no meu ponto de vista realmente importantes. Titulo do desenlace: "Claques fora da lei". Já fazem parte do ritual futebolístico. Jogo que se preze entre os grandes tem insultos, ameaças, violência e outras imoralidades ou ilegalidades praticadas pelas claques dos clubes. Mas quem integra estes movimentos? Dizem-se fãs do clube, amantes do desporto rei, mas as rusgas policiais encontram na sua posse armas e droga. Os clubes afiançam nada terem a ver com as claques, mas vendem-lhes bilhetes mais baratos (caso da No Name Boys). Devem ser proibidas as claques ilegais (quase todas o são)? Em vez de protecção policial das claques nos grandes jogos deve haver investigação policial às suas actividades?

Marcaram presença: Jorge Silvério, (Psicologia do Desporto na Universidade do Minho), Salomé Marivoet, (Socióloga da Universidade de Coimbra), Intendente Pedro Gouveia, (Director do Departamento de Operações da PSP), Ribeiro Cristóvão, (Jornalista Rádio Renascença). Confesso que de certa forma achei interessante o debate, de estranhar, ou não a ausência de uma voz que representa-se os Ultras. Gostei de certos pontos de vista do Dr. Jorge Silvério e da Salomé Marivoet, mostraram saber do que falam, identificaram aspectos bons e os menos positivos. Falaram ambos que a lei em vigor era uma clara ameaça a privacidade, salientaram que no processo "fair-play", estavam inquiridos elementos de outras claques, mas que apenas houve um culpado, afirmaram que a comunicação social tem parte da culpa do sucedido ao dar valor de mais ao referido. De resto as outras pessoas presentes centraram-se principalmente na temática violência, e deram pouco ênfase ao que de bom há. O Intendente Pedro Gouveia afirmou que sabiam e faziam claramente a separação entre os membros das claques, e que o tratamento não era igual. Referiu que os grupos organizados quando se deslocam para fora do país, são sempre acompanhados de agentes, que tem ligação com a polícia de outros países. Já agora o blog da Sociedade Civil fez um inquérito: Como resolver os actos de violência das claques de futebol?

Mais policiamento nos estádios 1o%
Mais investigação sobre os seus membros 31%
Impedir entrada nos estádios membros com antecedentes criminais 21%
Acabar com as claques 36%

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Não ao Futebol Moderno



Mais uma vergonha do cujo dito: "Bjorgolfur Gudmundsson, dono do West Ham, foi condenado a pagar uma dívida de 35 milhões de euros ao Sheffield United, o que o levará a ter de vender o clube para não declarar falência. De acordo com a imprensa inglesa, existem alguns interessados na compra do West Ham, que poderão oferecer até 150 milhões de libras, aproximadamente 180 milhões de euros, pelo clube".

Agora eu pergunto! Quanto mais tempo teremos que aguentar, até que esses corruptos que estão a frente dos clubes vão de "cana"? A justiça apenas funcionará para adeptos devotos ao clube? Até quando teremos que levar com estes gestos mimados de pessoas que compram clubes sem nenhum amor ao futebol? Haverá alguém no meio disto que olhe mais para os interesses do clube do que o próprio bolso? Até quando brincaremos ao gato e ao rato? Serei apenas eu que vejo que estão a destruir o futebol? ESTÁ TUDO A DORMIR, OU DE IGUAL FORMA SE DEIXARAM LEVAR?!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

18 anos de Fama Boys


"Em dia de jogo de aniversário dos FAMABOYS, o F.C.FAMALICÃO consentiu a primeira derrota em casa frente ao Santa Eulália(Vizela). Um jogo em que os famalicenses entraram apáticos e só depois de estarem a perder é que tentaram com raça dar a volta ao resultado, mas nao o conseguiram.DOMINGO 15h 2ª mão da eliminatoria taça frente ao S. Cosme em casa. Têmde demonstrar toda a raça,querer e ambiçao!!! Os famaboys assinalaram o aniversário com uma frase que espelha e traduz estes anos de luta. "18 ANOS DE AMOR INFINITO!" Juntando as habituais bandeiras, estandartes e fumarada. Um jogo em que novamente se esteve a grande nivel no apoio. Mesmo a perder o apoio foi incessante, grande atitude e demonstraçao de ambiçao do grupo!! INDESTRUTIVEIS!!"



"18 Anos após o primeiro jogo do FAMABOYS, alguns se recordam dessa estreia, outros apenas conhecem a sua historia, mas hoje, em 2008 os indestrutiveis que lutam por este simbolo, fazem-no tentando seguir a mistica e tentando desde sempre entregar a mesma paixão, o mesmo amor ao nosso FCFAMALICÃO! A todos que um dia passaram pelo municipal, a todos, que um dia viajaram com os FAMABOYS , o nosso agradecimento por conseguirem manter de pé o mais antigo grupo de apoio da região minhota e um dos mais antigos a nivel nacional."



A cidade de Famalicão era conhecida por ter no seio de seu FC Famalicão adeptos bairristas onde acompanhavam o seu clube a todo o lado enchendo os estádios na década de 90». Destacam-se os Ultras Fama Boys criados em 1990. Este grupo de ferverosos adeptos foram a primeira claque a deslocar-se à Ilha da Madeira para ver o seu clube, onde nem os clubes grandes tinham uma claque presente no Caldeirao dos Barreiros. Hoje em dia é mais difícil pois o clube caiu muito e a motivação ja não é a mesma. O lema dos adeptos do clube é: "quando o FCFamalicão é tudo...tudo é justificado"

terça-feira, 25 de novembro de 2008

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

LIBERDADE PARA SANTOS by: Ultras Ermesinde

Aqui está uma noticia que muitos de vós não esperariam. O grupo Ultras Ermesinde tem ligações com o Santos Mirasierra, ‘‘capo’’ do Commando Ultras 84, Marselha. Com é habito nestes momentos, todos os Ultras se uniram para prestar homenagem a Santi, e o Grupo U.E não fugiu a regra, tendo como brilhante atitude a entrega e sensibilização de um flyer. O texto descreve o sucedido na noite em que Santi foi preso: "Estádio Vicente Calderon, Madrid 1 de Outubro de 2008, 19h20m… Data que ficará na memória de muitos Ultras pertencentes ao Olympique de Marselha presentes neste local neste preciso dia e hora… Por volta desta hora 1 violenta carga policial da parte da denominada Guardia Civil espanhola irrompe pelas bancadas do sector visitante…Motivo: 1 faixa a qual consideram ter 1 elemento de cariz provocatório…uma simples caveira símbolo afecto á denominada claque Commando Ultra 84 por sinal o grupo mais velho de apoiantes do clube. 1 Faixa com um símbolo que já perdura há 24 anos e que já percorreu todos os estádios em França e igualmente os 4 cantos da Europa, onde quer que o clube jogou a faixa esteve sempre presente sem nunca suscitar problemas até esta noite em Madrid. 1 Carga violenta da parte da policia que não diferenciou tanto homens como mulheres, idosos ou jovens, simplesmente bateram literalmente em tudo e todos que se mexiam só pelo simples facto de quererem retirar 1 faixa a qual a própria UEFA depois afirmou não ter nada de provocatória e nem sequer ter dado ordens para a retirarem como a policia espanhola chegou a afirmar para se justificar da violência dos seus actos. Como resultado final desta verdadeira batalha nas bancadas vários Ultras foram conduzidos ao hospital com diversos ferimentos e o pior estava para acontecer pois 1 Ultra de seu nome Santos Mirasierra actual ‘‘capo’’ pertencente ao grupo dono da dita faixa problemática foi preso sendo considerado o principal responsável de todos os distúrbios causados na bancada e de agressão a 2 agentes da autoridade os quais admitem terem sido agredidos com o lançamento de 2 cadeiras da parte deste Ultra. Santi como é conhecido no mundo Ultra tem dupla nacionalidade (espanhola e francesa) e já antes do encontro se iniciar já teria sido avisado de que ao mínimo problema ele pagaria as consequências e tal veio-se a confirmar pois não há imagem nenhuma, tanto das estações televisivas que facultaram as imagens do inicio dos confrontos como quer das imagens das câmaras de segurança de dentro do estádio, em que se visualize Santi como provocador ou inclusive a arremessar as 2 cadeiras que a policia admite ter sido vitima. Bem pelo contrario o que se vê nas imagens é Santi a tentar dialogar e pedindo calma á policia pois era o único elemento com conhecimentos da língua espanhola, de seguida a policia começa a sua investida fazendo ‘ouvidos de mercador’ ás explicações de Santi o qual tenta evitar a todo o custo que a policia prossiga os seus actos. Pior ainda é a acusação do arremesso das cadeiras pois pelas imagens aquando do dito acto Santi nem sequer está presente naquela zona …impressionante sem duvida…Como resultado disto, hoje dia 16 de Novembro faz 46 dias em que Santi se encontra preso e só muito recentemente foi-lhe concedido o direito a visita e telefonema por parte da mulher e família. Ainda sem julgamento marcado embora já se saiba a pena pedida pela acusação a procuradoria espanhola a qual requer a prisão deste jovem inocente por 8 anos… 4 por causador de distúrbios de ordem pública e mais 4 por atentado a autoridades públicas. Várias manifestações tanto de ordem pública como da parte de grupos ultras tanto em França como pelo resto da Europa tê em sido realizadas de forma a causar o máximo impacto e alertar as autoridades máximas acerca desta tremenda injustiça. Grupos como Riazor Blues(Corunha) , Bukaneros(Rayo Vallecano) , Biris Nord(Sevilha) , Original Fans 21(AEK Atenas) , Boys Parma 77(Parma) , Ultras Tito (sampdória) , Frente Blanquiazul (Tenerife) , Kolectivo Sud(xerez) todos os grupos franceses inclusive rivais entre mais variadíssimos grupos os quais poderia citar já manifestaram através de faixas de apoio o quanto estão solidários com a situação vivida por Santi e o seu Grupo. PRISIONEIRO ARBITRÁRIO DA SUA PAIXÃO: LIBERDADE PARA SANTOS!!!"
Homenagen a Santi pela Europa:

Bukaneros

Birirs Norte Marselha (equipa) Riazor Blues
Ultras Tito

...

Novo espaço do grupo Manks

Sabemos perfeitamente que este grupo não é muito apologista de espaços cibernauticos, mas a falta de informação e divulgação da maneira de estar deste grupo, fez com que criassem um blog. Pretendem demonsostrar e divulgar o que sentem, e o que pensam. O mesmo é claramente identificado com costumes e velhas maneiras... Neste momento podem ser vistos no terceiro piso do estádio da Luz, por cima dos No Name. Mais lá para a frente aprofundaremos mais sobre este grupo afecto ao Benfica. Ligação: manks96.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

"Um grupo de presumíveis adeptos do Benfica agrediu esta segunda-feira um efectivo da polícia e um repórter de imagem da RTP à porta do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa. Os incidentes ocorreram à chegada das carrinhas celulares que transportavam 13 dos 30 elementos da claque “No Name Boys” detidos no âmbito da Operação Fair-Play. No momento em que as carrinhas celulares chegavam às instalações do TIC, uma dezena de alegados adeptos do clube da Luz tentou impedir as equipas de reportagem de captarem imagens. Os distúrbios obrigaram à intervenção dos elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) destacados para o local. Um dos efectivos daquela força de segurança sofreu ferimentos ligeiros na cabeça quando os presumíveis adeptos tentavam apoderar-se do material de um repórter de imagem. Apesar da intervenção da polícia, nenhum dos agressores foi detido. A meio da tarde, o grupo permanecia reunido nas imediações do Tribunal. A PSP reforçou o dispositivo de segurança montado para o interrogatório judicial dos suspeitos. Quatro dos 30 elementos detidos no domingo estiveram a ser ouvidos durante a manhã por um procurador do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), na avenida Casal Ribeiro, em Lisboa - três homens deixaram as instalações do DIAP sem escolta policial e um quarto elemento saiu a bordo de uma carrinha celular. O juiz de instrução criminal decidiu, entretanto, suspender os interrogatórios até à manhã de terça-feira. Cinco dos 13 suspeitos deixaram as instalações do TIC rumo aos calabouços do Governo Civil de Lisboa. Outros dois saíram do Tribunal com termo de identidade e residência e os demais vão passar a noite nas instalações da Polícia Judiciária. Operação Fair-Play A PSP entregou-se no domingo a uma operação em larga escala que teve por alvo elementos da claque benfiquista “No Name Boys”. Coordenadas pelo DIAP de Lisboa, as diligências mobilizaram cerca de 250 efectivos da PSP – 185 da investigação criminal, 58 das Equipas de Intervenção Rápida e três equipas com cães. Da Operação Fair-Play resultaram 30 detenções (28 homens e duas mulheres) e a apreensão de três armas de fogo e outro armamento ilegal. A polícia apreendeu ainda 11,5 quilos de haxixe, suficientes para 57 mil doses individuais, 115 gramas de cocaína, material pirotécnico, 15.343 euros em dinheiro e seis viaturas. Dezanove dos suspeitos foram libertados com termo de identidade e residência, a medida de coacção mais leve. Segundo um comunicado da PSP, a investigação “contou com a colaboração do Ponto Nacional de Informações de Futebol, responsável pela gestão de informações em matéria de violência associada ao desporto, em especial de futebol, de âmbito nacional e internacional”. As autoridades alegam que a droga seria usada para financiar a actividade dos "No Name Boys", incluindo deslocações e bilhetes para jogos de futebol. A PSP revelou que os detidos são suspeitos dos crimes de associação criminosa, posse e tráfico de armas de fogo, tráfico de estupefacientes, ofensas à integridade física qualificada, roubo, incêndio, explosões e outras condutas especialmente perigosas. O grupo inclui membros dos núcleos de adeptos de Castelo Branco e do Porto, mas a maioria pertence à região da Grande Lisboa. Benfica sublinha que não apoia claques Na reacção às detenções de domingo, a direcção do Sport Lisboa e Benfica (SLB) sublinhou que o clube “não apoia nenhuma claque” e negou que o presidente Luís Filipe Vieira tenha sido notificado para prestar declarações no âmbito da investigação. “O Benfica não apoia nenhuma claque. Não porque elas não mereçam o nosso respeito, não porque elas não mereçam a nossa consideração por todo o apoio que transmitem à equipa, apenas porque não preenchem requisitos que estão estabelecidos na lei”, frisava ontem o director de comunicação do SLB, João Gabriel. “Em relação a uma notícia que foi posta a circular na comunicação social, de que o presidente do Sport Lisboa e Benfica teria sido notificado no âmbito desta situação a prestar declarações, é estranho que essa notícia tenha surgido, porque o presidente não foi notificado”, salientou. João Gabriel considerou ainda “errada” a “premissa” do mandado de busca que foi concretizado no Estádio da Luz. “O mandado referia expressamente a sede de uma determinada claque que não existe. O que existe é um espaço que se encontra em obras e que, quando estiver finalizado, será para todos os sócios do clube”, garantiu."

sexta-feira, 14 de novembro de 2008








Entrevista a Daniel Rane Jupp, um dos fundadores do grupo Klanen.

Equipa: Valerenga.

Cidade: Oslo / Noruega.

como surgiu a ideia de criarem um grupo de apoio ao Valerenga IF?
alguns rapazes, em meados dos anos 80 estavam ligados a algumas equipas Inglesas, e viajavam regularmente para Inglaterra. Como a Noruega nunca teve grande experiência, a nossa missão era trazer para o nosso pais alguma sabedoria daquele país. Foi um início lento, com apenas alguns apoiantes pouco organizados. Com o passar do tempo, foi fundado o grupo apenas designado por "supporters valerenga". Foram apenas algumas centenas, e ficou por ali durante um longo tempo, mas mesmo assim, fomos de longe a melhor, e provavelmente, os únicos verdadeiros adeptos nesse tempo. Fomos uns dos que causamos mais impacto naquela altura na Noruega. Nos anos 90 a experiência já era muita, e ai o numero de pessoas aumentou bastante, até que foi formado o grupo klanen, que foi, e é muito respeitado na Noruega. klanen, o grupo que existe hoje, fundado em 5 de maio 1991.

Quais são as vossas influencias?
As nossas influências são quase exclusivamente Britânicas, embora usemos algumas tiffos do estilo Italiano. Usamos já várias vezes algumas tochas e fumos, (pouco habitual por cá), mas não regularmente pois são proibidas. Nunca tivemos nenhuma tradição do estilo ultra, alias, o ultimo membro da direcção era claramente contra a postura ultra. Nunca usamos um tambor ou um capo. Normalmente optamos por uma postura casual, alias temos um grupo dentro do Klanen que se auto denominam como: Isko Boys, isko é o nome dos cães que pertence à polícia, em que a principal tarefa é a de acompanhar e de "combater" os casuais na Noruega.


Amizades e rivais?
Os nossos rivais são o fc lyn oslo, sk brann, rosenborg bk e kongsvinger. Grande parte dos nossos membros são Antifa, inclusive temos algumas amizades com membros do St. Pauli, mas não passam de meros conhecimentos. Por norma não somos hostis, mas temos alguns inimigos. Temos uma canção que diz: "vamos odiar todos, porque todos nos odeiam".

Conheces alguns grupos portugueses? Que pensas sobre a cultura ultra em Portugal?
Para te ser franco, tenho muito poucos conhecimentos, conheço principalmente os Grupos do Benfica, Porto e Sporting, mas aqui são pouco divulgados.


Queres deixar alguma mensagem em especial aos leitores do Blog?
Sim claro, desde já quero agradecer a oportunidade que me deste de poder divulgar aqui o meu grupo, e de transmitir aqui um pouco do que se passa na Noruega. Desejo tudo de bom a todos os verdadeiros adeptos, independentemente do estilo que pratiquem, concentrem-se essencialmente no apoio a equipa, e digam sempre não ao futebol moderno. Sei que muitos grupos em Portugal passam tempos difíceis devido a repressão, a esses desejo em especial una boa luta contra aqueles que querem destruir os verdadeiros adeptos, e o verdadeiro futebol paixão.
Mais sobre o grupo: klanen.no/tifo/

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Imagens que marcam

terça-feira, 11 de novembro de 2008


Não meus senhores, não se trata de um roubo nem coisa do género. Trata-se apenas de de uma amizade que existe já algum tempo entre a Fúria Azul e a Alma Salgueirista. O jogo para a Taça de Portugal entre a Naval e o Belenenses, em que a equipa visitante saiu derrotada por (3-2), contou com a presença de "terceiros", neste caso os bravos do Norte, que a esta altura apoiam a sua equipa que milita nas distritais da A.F do Porto. Não poderia ficar indiferente ao sacrifício deste grupo, e da enorme "Alma" que esses adeptos tem. Por isso desde já deixo aqui a minha homenagem a este mítico grupo, voltem depressa para a primeira.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008




Taça de Portugal: Arouca-P. Ferreira, 0-0, 1-3 g.p.

Mais uma jornada por terras de Arouca, desta feita para assistir ao Arouca vs Paços de Ferreira, jogo da 4º eliminatória da Taça de Portugal. Passado um feito histórico, as gentes de Arouca esperavam repetir a façanha. Depois de várias semanas a serem o centro das atenções, era hora de passar a pratica. Mais uma vez o Estádio Municipal de Arouca foi pequeno para receber tanta gente. A única bancada não deu vazão ao mar de multidão que desde cedo marcou presença. Da equipa visitante esperava-se algumas dezenas de adeptos, inclusive o seu grupo de apoio, os Yellow Boys. Já dentro do Estádio podemos confirmar que em lados opostos encontravam-se as ambas claques. Os Yellow Boys fizeram-se representar com cerca de 50 elementos, que foram sempre vigiados de perto pela G.N.R. O jogo começou com uma excelente tochada por parte dos da casa, seguida de fervorosos cânticos, estariam cerca de 70 elementos sensivelmente, algumas pequenas bandeiras, e alguns estandartes preenchiam aquele local. Da parte dos visitantes os habituais estandartes e as belas bandeiras (no meu ponto de vista). O Paços entrou cauteloso no jogo, sabia evidentemente do que a equipa adversaria era capaz, e por isso mesmo fez alinhar os habituais titulares. O Arouca foi ligeiramente superior na primeira parte, factor também influenciável para os U.A que foram incansáveis durante todo o jogo. Da Parte dos Y.B apenas de registar um bom apoio inicial, que durante todo o jogo passou um pouco despercebido. Na segunda parte o Paços foi superior, criando algumas jogadas de perigo. O final do tempo regulamentar registava-se mais uma vez o empate a zero, o que se manteve até ao final do prolongamento. Mais uma vez as equipas tinham que passar por o infortúnio da marcação de grandes penalidades. A segunda vez consecutiva na Taça de Portugal para os Arouqueses. O grande guardião Ivo, que tinha sido o herói no ultimo jogo por parte do F.C.A estava mais uma vez num dos papeis importantes, só que desta vez a sorte sorriu aos visitantes, o Arouca falhou três grandes penalidades, fazendo com que o Paços desse o salto para a 5ª eliminatória. Os Y.B celebraram com uma tocha, ao que levou ao desagrado os da casa, revoltando-se contra eles. Os Y.B são de imediato cercados pela G.N.R, para que nada lhes aconteça, mas o povo foi se juntando, o que gerou uma grande confusão. Depois da permanência dos adeptos visitantes dentro do Estádio, os ânimos lá arrefeceram e os adeptos de Paços puderam seguir caminho de regresso a casa. De salientar a forte presença dos Ultras Arouca, e da razoável por parte dos Yellow Boys, Desta vez notou-se mais a união entre os adeptos da casa, partilharam ambos vários cântico, estão no bom caminho, se assim continuar, Arouca tornar-se-á uma deslocação bastante difícil. Nota menos para o comportamento anti desportivo de algumas pessoas, que a meu ver nada beneficia a cultura Ultra, nem ajuda no desenvolvimento do movimento. Mas de igual forma justifica-se quando há uma aglomeração de massas, e num clima de uma certa decepção, ajuda a tomar algumas decisões precipitadas. Isto é o meu ponto de vista, critiquem-me se for caso disso. Mais uma vez agradeço por ter sido tão bem recebido, e espero voltar, como anteriormente tinha referido.

sábado, 8 de novembro de 2008

Entrevista ao fundador do Comando Ultra Viseense




Como surgiu a ideia de criarem um grupo de apoio ao académico de Viseu?
A ideia de criarmos um grupo surgiu bastante tempo antes de o CUV aparecer. Até maio de 2005 o grupo de apoio ao Académico era a Brigada Negra, mas devido aos problemas do clube, que fez com que "ressuscitasse" com outro nome, a BN acabou. Outra das razões de ter acabado foi também o afastamento de muitos membros ora por irem estudar para fora, outros por simples desinteresse, entre outros motivos. Desde a extinção da BN que varias pessoas que tinham feito parte da mesma sonhavam com um novo grupo, vivemos o futebol duma forma particular, não nos sentimos bem sentados numa central e achamos obviamente que o clube precisa de apoio.Então o "bichinho" nunca morreu, e apesar de nessa altura não haver nenhum grupo academista, houve sempre gente a tentar fazer algo para que isso mudasse, o resulta está agora à vista. Ideias iam surgindo, iam aparecendo pessoas a juntarem-se a nós com a mesma vontade, e foram aparecendo as primeiras reuniões no verão de 2007.

Como esta organizado o CUV?
O CUV tem uma direcção formada por 5 elementos, que se ocupa de tudo o que tenha a ver com o grupo. Temos também vários nucleos que são muito importantes para a organização do grupo no que toca à divulgação de informação e angariação de membros.

Quais são os vossos pontos fortes e as vossas fraquezas?
Bem, na minha opinião os nossos pontos fortes são sem a mínima duvida a qualidade e design do nosso material, tanto o de bancada, como bandeiras/faixas/estandartes, como os cachecóis, fanzines, etc. Outros pontos fortes são também a união e camaradagem do grupo, sem duvida mais que uma simples claque é um grupo de amigos. Fragilidades na minha opinião são as fracas presenças fora, que geralmente não passam os 10/12 elementos a deslocarem-se, e o apoio vocal que tem sido nos últimos tempos bastante irregular, temos jogos em que temos um apoio vocal excelente enquanto em outros é mais fraco.

Quais são as vossas amizades e inimizades?
Amizades não temos com ninguém, rivalidades acho que apenas podemos dizer que temos com os clubes naturalmente rivais do Académico, não criámos nenhumas. O Académico é um clube demasiado grande para disputar uma terceira divisão então obviamente que temos de responder em todas as frentes, uns podem chamar rivalidades eu acho apenas que defendemos o bom nome do Académico.

Como é a relação entre o CUV e a direcção do clube?
viveu melhores dias, hoje em dia existe muito pouco dialogo tal como os apoios, que foram deixando de existir.

Sabemos que é particularmente difícil os grupos sobreviverem nos escalões inferiores, como fazem para dar a volta?
Sim, é complicado. A ajudar a isso, desde 2005 que houve um enorme afastamento entre as pessoas de Viseu e o Académico, é complicado haver jovens interessados no clube, ainda para mais num papel tão activo como fazer parte de um grupo ultra. A forma de dar-mos a volta a todos esses problemas, e outros, é simplesmente a nossa união.

Como defines um verdadeiro ultra?
Isso é muito difícil de definir e bastante subjectivo. Posso definir um ultra por um adepto que acompanha o clube para todo o lado, trabalha todos os dias em função do clube/grupo, tem um papel activo no futebol... A nível estético o uso de bandeiras, faixas, estandartes, tochas, fumos, tifos... Enfim, é assim o mais fácil de definir-mos um ultra. Mas será que é preciso ser um ultra para cumprir-mos todos esses requisitos!?Na minha opinião é muito mais que um rótulo, simplesmente sente-se.

Podes falar de projectos futuros do CUV?
Começo ja por referir um que estará pronto na proxima semana, o site oficial do grupo. Temos também bastantes projectos no que toca a material, e um tifo de aniversário. Durante esta época ainda vão haver bastantes surpresas.

Como vês a legalização das claques em Portugal? Já sofreram na pele algumas consequências?
A legalização eu vejo como uma simples palhaçada, simplesmente uma medida que serve para mandar areia para os olhos das pessoas. Sou "ilegal" por abanar uma bandeira, usar uma faixa, e cantar!? Preciso de me identificar como se de um criminoso me tratasse, apenas por viver o futebol de uma forma diferente e mais intensa? tivemos um episódio bastante cómico acerca disso, em que um Sôr agente da autoridade ameaçou que iam retirar todo o nosso material por não estarmos legalizados, se não tirássemos uma certa bandeira que estava colocada ao lado da nossa faixa. Honra aos grupos que não cederam e passaram/passam por maus bocados. Falo principalmente dos Diabos, No Name, Furia Azul e Mancha Negra. Gostava só de referir o exemplo da Torcida, depois de tantas frases e opiniões, de falarem tanto em "mentalitá", tiveram de ser os primeiros a legalizarem-se e consequentemente entalarem os outros grupos. Como ouvi alguém dizer, a mentalidade não se apregoa, pratica-se!

A sondagem desta semana no blog é sobre qual o pais que aprecias mais o movimento. Podes nos dar a tua opinião, e já agora que vertente te identificas mais?
É muito complicado votar ou escolher o país onde mais aprecio o movimento. Gosto bastante do movimento italiano, tal como do francês, mas não dispenso as influências britânicas no que toca a cultura casual. Sou também admirador dos croatas. A vertente que mais gosto é sem duvida a vertente mais recente que vai aparecendo por italia, grupos pequenos que se situam junto a outros grupos, e optam por uma estética inspirada na britânica mas sem deixarem de todo uma postura ultra.

Queres deixar alguns comentários finais?
Queria apenas saudar todos os grupos que não se rendem à legalização, e todos os grupos de divisões inferiores. O movimento em Portugal no meu ponto de vista está bastante morto, podemos-nos desculpar com preços de bilhetes, horários de jogos, repressão policial, e tudo mais, mas novos projectos e activismo apenas depende da nossa vontade.Era muito bom que existisse mais gente que perdesse tempo com blogs, fanzines, revistas, etc.
P.S Desde já queria agradecer o entrevistado pelo tempo disponibilizado, e de saudar este e como tantos outros grupos, a força, a dedicação, e sobretudo a mentalidade que tem tido para levar um projecto avante, que é apoiar uma equipa de escalões inferiores. Mais uma vez muito obrigado, e que tenham uma boa continuação. Mais sobre o Comando Ultra Viseense: Blog e fórum.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Para o fim-de-semana começar da melhor maneira, coloco-vos aqui uns vídeos "um pouco engraçados".





quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A incrível história verídica de como um bebe órfão jamaicano, adoptado por um casal idoso branco. Cresceu numa área toda ela composta por brancos, na zona de Londres. Tornou-se um dos mais temidos e respeitados homens na Grã-Bretanha.CASS foi obrigado a aturar atitudes racista desde que era pequeno, sempre foi ameaçado, insultado, imensas vezes foi agredido, até que um dia farto de todos aqueles episódios, viu-se de certa forma obrigado a defender-se, como se costuma dizer, “é comer, ou ser comido”, então parte de igual modo para a violência. De um momento para o outro explode. CASS encontra na violência o meio de o respeitarem, então agradado com o sentimento, torna-se de certa forma um viciado em violência. Os seus leais amigos, Prentice (Brocker) e Freeman (Gregory), são ambos o seu braço direito, ambos companheiros de batalha. Enquanto trabalha como pintor e decorador a semana, os fims de semana, são passados em altos serões a acompanhar a sua equipa do coração, e se recusam a ver hooliganismo como algo de errado, mesmo dando uma entrevista na qual Cass culpa os meios de comunicação para atiçar o fogo ao fenómeno. Durante alguns anos trava violentas batalhas contra grupos rivais. É o primeiro a obter uma pena mais dura pela participação do hooliganismo no futebol. Nesse tempo que esteve preso, tentar por para trás das costas todo o seu passado, mas sabe que será muito difícil, nunca deixara de ter aquele bichinho dentro dele. Pelo meio Aida sofre duma tentativa de assassinato, mas felizmente sobrevive com a sua força de vontade. Mais que uma razão para reflectir na sua vida. Esta é a extraordinária história de sua vida. Cass lançou até a altura um livro que retrata a sua vida, e estreou este ano um filme onde retrata a sua vida, com o seu nome: Cass. Mais sobre o próprio.