quinta-feira, 30 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
Actualmente é difícil definir, muito devido aos média, o que é o fenómeno hooligan no futebol. Muito, pelo facto das noticias transmitidas, serem, por vezes demasiado flexíveis e vagas na atribuição da etiqueta de “hooligan”. O hooliganismo é visto pela maioria, como estando relacionado, com violência no futebol. Geralmente associado a desordem publica, imediatamente antes ou após um jogo de futebol – mas certamente que não – uma vez que muitos deste casos são espontâneos e estão relacionado com multidões e seus comportamentos. É certo, que diversos grupos se juntam (Firm´s) com o intuito de se favorecer encontros com outros ligados a clubes de futebol rivais, mas disso falaremos mais à frente.
Como e onde surgiu o movimento hooligan?
Tradicionalmente, o movimento hooligan, é apontado, como tendo surgido nos finais dos anos 60, percorrendo os anos 70 e 80 com força, só acalmando, após os incidentes de Heysel e de Hillsborough. Mas contendas relacionadas com o futebol já existem desde o século XIX e devidamente documentados em vídeo, nomeadamente entre as datas de 1846 e 1880, sendo que a partir desta ultima data se tornaram cada vez mais comuns, tanto os confrontos, bem como as invasões de campo. Será no entanto difícil de concluir de forma exacta e oficial, a realidade e frequência de tais episódios. Mais uma vez os média de nada ajudam, “oferecendo” noticias pomposas e que em nada ajudam para encontrar a verdade! Por isso, muitos reivindicam o fenómeno do hooliganismo no futebol como sendo uma realidade dos anos 70 e 80, por ter sido precisamente neste período que se vê de forma clara que se trata de um fenómeno organizado e de grande escala.
É difícil de especular sobre o que faz uma pessoa envolver-se em violência. Será difícil apontar factores como a idade, sociais, económicos ou psicológicos, uma vez que está mais que provado, que estes não são indicadores onde se pode basear um estudo credível. Sabe-se que nestes grupos, existe um forte sentimento de comunidade, uma vez que grande parte das Firm´s são constituídas por indivíduos pertencentes aos mesmos bairros ou cidade e sempre associadas a um clube de futebol local. Seja como for o fenómeno podemos dizer está ligado a um forte espírito combativo e de territorialidade.
É pouco provável que violência ligada a multidões venha um dia a acabar. Sempre que grupos de adeptos se encontram, juntamente com a influência do álcool, existe sempre a possibilidade de acontecer distúrbios, não obstante haver um jogo de futebol ou não. Um pouco de tudo já foi ensaiado para evitar confrontos entre hooligans. Desde leis, a novas “tácticas” policiais para controlar hooligans e à criação de unidades especiais para lidar com a violência relacionada com o futebol. Mas pouco se tem feito para estudar o fenómeno! Pouco se tem feito para entender o problema e as constantes atitudes agressivas para com os adeptos por parte das forças policiais vieram trazer de novo o problema desta vez a países que nem conheciam o fenómeno. Acontecem cada vez o confrontos entre adeptos e forças policiais. A violência mantém-se, o motivo muda!
Porto: Super Dragões (1024), Colectivo Ultras 95 (106)
Naval 1º de Maio: Colectivo Maravilhas (109)
Vitória Futebol Clube: VIII Exército VFC (89)
Boavista: Panteras Negras (50)
Marítimo: Esquadrão Maritimista (41)
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
29 votos (64%)
Casual
19 votos (42%)
Hooligan
4 votos (8%)
Mod's
3 votos (6%)
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
- As repressões por Itália:
Os bilhetes para o Milão-Atalanta, domingo, 26/10 podem ser comprados apenas por residentes e da província de Bergamo, serão nominais e, portanto, não pode ser transferida para terceiros. A decisão foi tomada pelo prefeito de Bérgamo, Camillo Andreani. Isto significa que, para assistir ao jogo, haverá apenas habitantes daquela região. A única excepção é a indústria, os empresários, e algumas pessoas com mais relevo do que apenas um insignificante ultra o adepto dito “normal” do clube.Na verdade, Andrean deixou a decisão para o prefeito de Milão, que deverão decidir durante o dia. As decisões do prefeito de Bérgamo são mais rigorosas do que aquelas fornecidas pelo Milão, que tinha apenas comprar um bilhete para cada pessoa. Em Bérgamo, há um monte há espera para a corrida aos bilhetes para o jogo de domingo.
A guerra será longa, podem até perder algumas batalhas, mas nunca perderam a guerra, pois o amor que nos leva a seguir o nosso clube derruba qualquer repressão, destrói qualquer lei, impera a cima de qualquer politico corrupto que só tem como objectivo acabar com a fidelidade dos adeptos. Agora vocês perguntam-me porquê resistir à Repressão Policial? Será que vale a pena continuar a Lutar pelos nossos ideais? A resposta é simples, VALE! Vale sempre a pena lutar por aquilo que acreditamos.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Como é objectivo deste blog, fazemos chegar mais uma vez as infos pouco divulgadas no panorama ultra, desta feita trazemos-vos uma crónica na primeira pessoa. O jogo é referente a 3º eliminatória da taça de Portugal entre o Arouca e o Marítimo. A convite de alguns colegas dos Ultras Arouca, lá estive presente. Teoricamente o Marítimo era o claro favorito, mas isso não passou da teoria. Chegando ao novo estádio Municipal daquela Vila, ainda com pormenores por finalizar, la me encontrei com um colega que tinha os nosso bilhetes, pois como não era nada habitual uma equipa da 1ª Liga por aquelas bandas, adivinhava-se que a única bancada fica-se com a lotação esgotada, o que viríamos a confirmar um pouco depois. Um dia de muito calor, não previa facilitar a vida aos Ultras. Da Madeira não se registou qualquer deslocação dos grupos organizados. A bancada um pouco afastada do campo dificulta a ligação com os jogadores. Uma lacuna de alguns estádios “modernos”. A entrada das equipas foi visível algumas tarjas de protesto e outras não, acompanhadas de algumas tochas. O ambiente no lado dos Arouquenses era de confiança, e começaram a puxar pela equipa com toda a força. Um ou outro cântico original, contrastava com os triviais. Algumas pequenas bandeiras no ar, um ou outro estandarte, davam um bom colorido a curva. Estariam sensivelmente 70 elementos, de saudar para uma equipa que a dois anos atras estava nas distritais. Os ultras da casa bem tentaram puxar pelos adeptos ditos “normais”, mas foi algo que caiu por terra, notou-se um certo afastamento entre ambos, algo que se fosse diferente tornaria uma atmosfera magnífica, mas infelizmente esse problema é geral em Portugal. No intervalo entre cervejas e conversas com alguns Ultras, foi-me confidenciado que atravessavam uma situação um pouco delicada. O grupo entrou num certo conflito com a direcção do clube, optando nos últimos jogos por apoiar a equipa fora do Estádio. Atitude nobre de quem ama o clube e não consegue estar longe dele. Na base desta polémica esta a não cedência da actual direcção aos pedidos (no mínimo justos), deste grupo. O jogo lá prosseguiu com algumas peripécias a mistura, para o tempo regulamentar dado o empate que se verificava até ao momento. O grupo foi incansável no apoio em toda a parte do jogo. O Arouca foi superior em quase todas as partes do jogo, levando assim a desição para a marca das grandes penalidades. O guardião da casa fez a diferença com duas grandes defesas, carimbando assim a passagem a próxima fase. O jogo terminou com 3-1 para os da casa. Foi um Domingo agradável na companhia de gente espectacular. Um abraço para os Ultras dessa terra, e até um dia.
sábado, 18 de outubro de 2008
Como primeira crónica escolhi um jogo muito escaldante, para mim um dos mais "terríveis" da Europa, por vezes sou exagerado, mas penso que aqui não seja o caso. Como sabem no ultimo fim de semana realizou-se o: "Derby da Polónia" entre o Lech Poznane o Legia Warszawa. O Legia tem fãs em todo país, mas todos Wielkopolska (parte oeste da Polónia) apoia equipa de Poznan. Como muitos de vocês sabem, a Legia fãs estão em conflito com o proprietário do Legia-ITI (daqueles presidentes que só olha para o seu umbigo). Por causa das proibições para os membros do principal grupo ultra "Nieznani Sprawcy", tiveram que optar por uma forma criativa de arranjar bilhetes. O Presidente do Legia de Varsóvia encomendou para os fãs 800 bilhetes, mas os verdadeiros não quiseram colaborar com os proprietários do clube e pediram ajuda ao Lech. Ficando apenas com 300 bilhetes de Poznan. Para os agentes da autoridade, este grupo não existe, pois estão ilegais e a policia desconhecendo as suas movimentações, por isso deven estar a imaginar como foi a transferta deste grupo. A atmosfera em Varsóvia durante os jogos é terrível, mas os Legia fans não se preocuparam muito com isso, e ainda apareceram em grande número num jogo de grande distância... Infelizmente, "muitos fãs não puderam ir, mas ainda estamos muito gratos pela ajuda do Lech, claro que o Lech tem contribuído para nós, mas ainda somos grandes inimigos, ninguém se esqueça disso!" Referiu um elemento afecto ao Legia. Grande amostra de cooperativismo entre estes dois grandes rivais, uma lição que muitos deviam aprender por estas terras Lusitanas. Lição a retirar, os verdadeiros não se vendem, arranjam soluções para contornar os problemas.